Brasília – Portal 62
Os gastos do governo federal no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão crescendo em um ritmo quase duas vezes maior que o das receitas públicas, acendendo um forte sinal de alerta nas contas da União. A previsão, baseada em dados da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, indica risco de colapso fiscal a partir de 2027, com possibilidade de “shutdown” – situação extrema em que o governo não teria recursos suficientes nem para manter serviços públicos básicos.
Desde o início do atual mandato, a arrecadação líquida da União cresceu R$ 191,3 bilhões, atingindo uma estimativa de R$ 2,318 trilhões em 2025. Por outro lado, as despesas federais aumentaram ainda mais: R$ 344 bilhões, com projeção de alcançar R$ 2,415 trilhões no mesmo período.
Essa diferença crescente entre receitas e despesas pode gerar, já no ano que vem, um déficit primário equivalente a 0,77% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo considerando o pagamento de precatórios. O desequilíbrio também pressiona o endividamento público, considerado um dos principais termômetros da saúde fiscal do país.
Segundo projeções da IFI, a gestão Lula pode encerrar os quatro anos de mandato com um aumento de cerca de 12 pontos percentuais na dívida pública brasileira. Esse cenário preocupa economistas e parlamentares, que veem o avanço das despesas sem um controle efetivo como um risco à sustentabilidade fiscal do país.
A possibilidade de um “shutdown” – termo normalmente usado para paralisia do governo por falta de recursos, como ocorre nos Estados Unidos – começa a entrar no radar das projeções oficiais caso as contas públicas sigam no mesmo ritmo de expansão sem compensações nas receitas.
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