China e Rússia vão construir uma usina nuclear na Lua até 2035: o futuro da humanidade fora da Terra começou

A corrida espacial ganhou um novo e ousado capítulo. A China apresentou oficialmente a missão Chang’e-8, prevista para ser lançada em 2028, com o objetivo de testar tecnologias essenciais para a geração de energia na Lua. Entre os planos mais ambiciosos está a construção de uma usina nuclear no satélite natural da Terra — um passo decisivo para viabilizar a primeira base lunar permanente.

O projeto faz parte da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), uma iniciativa conjunta da China e da Rússia que visa estabelecer uma base fixa e habitada no polo sul da Lua até 2035. O grande desafio? Superar as longas noites lunares, que duram cerca de 14 dias e tornam inviável o uso exclusivo da energia solar.

A missão Chang’e-8 será fundamental para validar sistemas de geração e distribuição de energia, que vão garantir a presença humana de longa duração na Lua. O plano é construir um reator nuclear na superfície lunar, que funcionará como a principal fonte de energia para a futura base ILRS.

Além da usina nuclear, o projeto inclui a instalação de enormes painéis solares conectados por redes de cabos e dutos, distribuindo eletricidade e calor entre os módulos da futura base.

A parceria estratégica entre China e Rússia, que se fortaleceu especialmente após 2022, promete acelerar ainda mais a exploração espacial. A Rússia, com vasta experiência em tecnologia nuclear para o espaço, será um dos pilares para o sucesso dessa missão histórica.

Com previsão de enviar seus astronautas à Lua até 2030, a China também busca rivalizar com o programa Artemis, da NASA, que prevê o retorno de astronautas americanos ao satélite já em 2025.

A energia nuclear é considerada estratégica para superar os desafios extremos da Lua, como a ausência prolongada de luz solar e as grandes variações de temperatura. Estamos diante de um marco que poderá redefinir a presença humana fora da Terra.